sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ah se a qualidade dos serviços fosse proporcional ao que eles recebem!

O Congresso Nacional já faz os seus aumentos por conta própria. Eles legislam em causas próprias.
Os políticos se servem do povo brasileiro. Eles definem o quanto vão ganhar, os dias que vão trabalhar (coçar), o número de funcionário, verba paletó, pasta, diárias e por aí vai. 
Salários altíssimos, 2 meses de férias, fora os feriados nacionais e os locais. Beleza pura!

Já nos tribunais, os juízes aumentam os seus próprios vencimentos até o limite legal. Idem os ministérios públicos estaduais. Há pouco tempo, os juízes e promotores estaduais aumentaram os seus próprios vencimentos, sob o pretexto de isonomia, aos juizes e procuradores federais. O aumento foi de aproximadamente 70% dos vencimentos. 

O que o STF e o PGR estão querendo é legislar em causa própria, para aumentarem livremente os seus salários, que já são os mais altos do mundo.

Talvez isto explique a total conivência com as falcatruas praticadas pelos membros do desgoverno federal.
O lula nomeia libera a verba e em compensão, o lulla fica livre para RASGAR a constituição, praticando todos os tipos de ilícitos contra a nação brasileira.
A alegação de que existe rotatividade de quadro de pessoal é CONVERSA PRÁ BOI DORMIR.
Este pessoal acham que nós SOMOS PALHAÇOS! Inventa outra desculpa. O que não falta é gente querendo esta boquinha, senhor ministro.
Já não bastam as abobrinhas diárias do lullá lellé.





Peluso quer autonomia salarial
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2208201012.htm)

O presidente do STF e o procurador-geral querem criar uma república soberana e automatizada


O PRESIDENTE DO Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminharam ao Congresso projetos de lei que lhes transferem a tarefa de fixar os vencimentos dos servidores sob suas jurisdições. Atualmente, os reajustes salariais do Supremo e do Ministério Público dependem de aprovação pelo Congresso, como ocorre com o Orçamento da União.

A reivindicação desafia as instituições republicanas, os fundamentos da política econômica do Executivo, a lógica da contabilidade pública e os padrões internacionais. Desafia as instituições republicanas porque coloca o Supremo Tribunal e o Ministério Público ao largo do consentimento do Congresso Nacional em matéria salarial. Atribui-lhes mecanismos típicos das empresas privadas. Criam uma República Salarial Soberana e Automatizada.
Desafia a boa norma da economia porque chama de volta o tigre da indexação, que arruinou a economia do país por quase 30 anos.

Se a partir de 2012 fica assegurada a revisão anual soberana e, a partir de 2015, o Supremo e o Ministério Público federal puderem corrigir seus vencimentos com base nos critérios que os projetos mencionam, a festa deveria ser geral: "recuperação" de "poder aquisitivo" e "comparação" com vencimentos alheios, direto na folha.

Nesse mundo de alegrias, Peluso deveria ser premiado, acumulando sua cadeira no Supremo com a presidência do Banco Central e Roberto Gurgel ficaria com a Secretaria da Receita Federal.
A proposta ofende a lógica da contabilidade pública porque os salários dos ministros do Supremo servem de referência para os vencimentos dos servidores do Judiciário. Quando eles sobem, os demais vão junto.
O Supremo argumenta que os vencimentos da Justiça estão defasados e isso provoca uma inconveniente rotatividade no seu quadro de pessoal. (Esses vencimentos estão acima de outras carreiras do Estado, numa média R$ 13.290 mensais.) Se salários bastassem para fixar servidores, o STF não teria taxa de evasão. Desde 1986 o tribunal recebeu 20 novos ministros. Três foram-se embora muito antes de completar os 70 anos da aposentadoria compulsória (Celio Borja, Nelson Jobim e Francisco Rezek, que entrou, saiu, voltou a entrar e voltou a sair.) A ministra Ellen Gracie tentou trocar de corte em duas ocasiões e parece planejar uma terceira migração para a Europa.

Se há advogados ganhando, numa só causa, o equivalente à renda anual de um juiz ou ministro do Supremo, isso se deve a uma escolha que fizeram há tempo, ralando nas incertezas da atividade privada.
Juízes, promotores e ministros de cortes superiores ganham bem para os padrões de quem decidiu buscar a segurança do serviço público brasileiro, com suas aposentadorias integrais, inclusive para corruptos defenestrados. Há pouco, o STJ mandou embora o magistrado Paulo Medina, mas continuou obrigado, pela lei, a pagar seu cheque de R$ 25 mil mensais.

Os juízes e promotores brasileiros estão entre os mais bem remunerados do mundo. Nos Estados Unidos um juiz da Corte Suprema ganha 5,6 vezes mais que a média dos trabalhadores. No Brasil, um ministro do STF ganha 19,8 vezes mais.

Atualmente os ministros brasileiros recebem R$ 26.723 mensais e pedem um aumento para R$ 30.675. Reajustados, receberão o dobro do que é pago aos seus similares alemães. Na Europa, só o Reino Unido, a Irlanda e a Suíça pagam melhor aos seus altos magistrados.

Os juízes da corte americana custam US$ 214 mil anuais. No Brasil os ministros do STF recebem o equivalente a US$ 193 mil anuais, e receberão US$ 221 mil quando tiverem o aumento. A Viúva lhes dá casa, carro e motorista. Nos Estados Unidos só o presidente tem carro e o uso de servidores para pequenas tarefas extrajudiciais foi cortada pela Corte Rehnquist. (A mordomia fora coisa de seu antecessor, Warren Burger, um pavão que colocava almofada sobre o assento da cadeira para parecer maior na mesa de almoço.)